
O sentimento de posse sobre aquilo que amamos é negativo e destrutivo.
Sufocado, o ser amado vai definhando em seu interior, na preocupação de que "isso magoa", "aquilo magoa", "não posso fazer assim", "tenho que fazer desse jeito".
E esses gatilhos mentais e emocionais tornam a pessoa escrava daquela que a possui. Isso suga energias, drena a liberdade que nos foi divinamente presenteada, faz-nos definhar quanto seres pensantes.
Então, se eu amo dou a liberdade do ser amado estar comigo porque quer, porque se sente bem, porque deseja estar ali. Não posso encoleirar a pessoa, como se fosse um cão que, se não ficar preso no quintal, sai a revirar lixos na vizinhança e se estranhar com outros vira-latas.
Quem já ficou sentado no quintal ou no jardim já deve ter vivido a experiência de ver um pássaro chegar para ciscar bem pertinho. Ele fica ali, olhando para você, pulando para lá e para cá. Mas ao menor sinal de que queremos pegá-lo, ele foge. É assim que funciona. O amor está na apreciação.
E quem é amado precisa sim respeitar aquele que o ama. Porque o amor é o maior presente que se pode ganhar e ele tem um custo muito grande para quem o dá.
Sendo assim, é preciso ter o cuidado de não magoar aquele que ama e confia em nós porque, afinal, se também amamos essa pessoa, também a apreciamos.
Amar é deixar livre. Ponto final.
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