Não são poucos os pensadores que atribuem um bom trabalho ao fato de gostarmos do que fazemos.
Confúcio disse "escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida".
Na mesma vertente, Shakespeare comentou: "Para o trabalho que gostamos, levantamo-nos cedo e fazêmo-lo com alegria".
E até Buda aconselhou: "Sua tarefa é descobrir o seu trabalho e, então, com todo o coração, dedicar-se a ele".
Concordo que trabalhar em algo que gostamos ameniza as dificuldades. Mas imagine um cantor que naqueles dias em que está sem paciência sequer pode sair ao supermercado para fazer compras para não ser agarrado pelas fãs. Ou que mesmo estando triste tem de subir ao palco para cumprir um compromisso de show.
Imagino o jogador de futebol que mesmo indisposto tem que dar o seu melhor na partida de futebol ou treinar mesmo com uma preguiça danada.
Tudo exige sacrifício.
Agora, a Revolução Industrial cometeu um verdadeiro crime ao separar as cabeças pensantes da mão de obra.
De um lado, ficam os que gerenciam, decidem e têm as ideias. Do outro, aqueles de quem só interessa a mão e que, portanto não precisam pensar. "Eu pago você pra trabalhar, não pra pensar", dizem muitos patrões.
E se levarmos em conta que o que nos coloca em vantagem sobre os animais é o fato de pensarmos, se isto nos é tirado, o que nos sobra?
Então o trabalho se torna um castigo, pois não podemos pensar, opinar, colaborar com o que temos de melhor. Simplesmente temos de produzir.
O RH faz testes de aptidão que não mostram aptidões, mas somente provam se conseguimos fazer risquinhos ou bolinhas sem errar.
A empresa mede produtividade, como se os empregados fossem animais a serem qualificados por números. Ou descartados por causa destes números.
Por isso, a sexta é o dia mais querido da semana, em vez de o domingo. Naquele, acaba o sofrimento, neste, prepare-se que tudo vai recomeçar.
Então repense seu papel, reveja seu lugar. Se não está contente, comece já a dedicar-se em trazer mudanças em sua vida. Abra os olhos para as oportunidades, meça o tamanho de suas pernas e caminhe para ser feliz.
Assim disse Henry Ford: "Pensar é o trabalho mais difícil que existe. Talvez por isso tão poucos se dediquem a ele".
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