Certa vez, estávamos eu e minha mãe no quintal dos fundos de casa, olhando para nosso cachorro, o Scott. Meu pai estava na janela da frente e falou firme e com serenidade: "O Scott está aqui, eu estou olhando para ele".
Pois eu e minha mãe fomos até lá na frente ver se o cão realmente estava lá, apesar de que o cachorro estava lá atrás, conosco.
Entendi nesse acontecimento o que é o poder de persuasão e como ele pode ser muito poderoso.
Mas meu pai me ensinou certa vez como ser forte. Não forte fisicamente, mas possuidor de uma força muito importante e necessária: o controle sobre si mesmo.
O treinamento é simples, mas quem o pratica sabe que é tão difícil quanto erguer um grande peso na academia.
Faça o seguinte: quando você obtém alguma informação sobre um determinado acontecimento, seja qual for, tente não contar a ninguém. Simples assim. E difícil assim.
Cada pessoa que encontramos, a vontade de contar aquela novidade, falar daquele assunto será tão grande, que a ideia irá ficar recorrente na mente, incomodando. Em alguns casos, a pessoa só consegue ficar aliviada se contar. Isso é fraqueza, tem que treinar mais.
Um outro teste é não olhar para algo que lhe chama a atenção. Se você é homem, por exemplo, e passa uma mulher linda, tente não olhar - você terá a sensação de que está sendo arrancado um pedaço de você, que algo vai ficar faltando se não olhar. Mas esforce-se, não olhe. Se está acontecendo algo no fim da rua e todo mundo está olhando, consegue ficar sem olhar?

A gente sofre uma sensação de alienação. Mas conseguir superar essas ordens impessoais de nosso cérebro desenvolvem um domínio de nossa vontade em cima de nossos desejos.
Não é fácil. Mas meu pai dizia que quem consegue isso, consegue tudo.
Eu ainda estou tentando.
Encerro com uma frase que encontrei na net de um escritor contemporâneo: "Queria ter o super poder de controlar os sentimentos, porque só assim nunca seria um otário"
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