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Tomando chuva no lago municipal |
Só queria destacar uma das frases dela para mim que, em tom de sussurro, disse: "As pessoas muito inteligentes sempre têm algum probleminha."
Referia-se ela a problema emocional. Mas há uma sorte da fatores encontrados em pessoas com um grau maior de intelectualidade.
Se a pessoa é um gênio, tem interesse extraordinário por diversos assuntos, uma curiosidade enorme pelos temas de seu interesse. Ele quer saber tudo, nos menores detalhes.
Um gênio pode desenvolver os melhores e mais perfeitos trabalhos, ele sempre irá questioná-los até encontrar falhas, e vai refazer suas descobertas e trabalhos.
Há aqueles que desenvolvem transtornos como TOC, outros não, graças a Deus.
Mas um dos pontos que a maioria sofre é ser deslocado no mundo. Ele está no mundo, mas não é dele. Não encontra os de sua "raça". É deslocado, fora de contexto e de sociabilidade.
Renato Russo, Cazuza, Van Gogh, Mozart, Castro Alves, Álvares de Azevedo, Manuel Bandeira, Leonardo Da Vinci, Santos Dumont, Robin Williams. Essa morbidade de existência é ativa em suas vidas. Muitos deles tiveram uma vida muito curta, apesar de deixarem um extenso legado que chega até os dias atuais.
Se se morre de amor, perguntou Gonçalves Dias. Morre-se da falta dele, da falta dos iguais. Definha-se aos poucos por ser um extraterrestre, com lampejos de ideias que fogem ao trivial e não há a quem atingir.
Se há outros, respondam-me. Tenho medo porque comecei a deixar meu legado. E eu queria que as coisas acontecessem de outra forma. Queria encontrar a lua ou que a lua realmente me encontrasse, só que ela aparece e depois, some. Mas, como escreveu a jornalista Ana Jácomo: "Eu até já tentei ser diferente, por medo de doer, mas não tem jeito: só consigo ser igual a mim."
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