
É um pensamento tão simples e tão profundo que invejei o Ricardo por não ter sido minha essa ideia.
De segunda a sexta a gente tem que ir trabalhar, quer gostemos do ambiente e dos colegas, quer não. Passamos grande parte de nosso tempo nos relacionando com quem talvez não quiséssemos sequer estar perto.
Mas os finais de semana são, de certa forma, a nossa alforria. Se vou a um lugar é porque gosto dele.
Se vou me encontrar com uma pessoa, é porque eu desejo estar com ela.
E de inveja passo à vergonha. Porque ainda não consegui ser suficientemente senhor de minha vida a ponto de ter esse poder de escolha.
Quem inventou que estamos vivendo para pagar pecados ou cumprir karmas, mentiu. Estamos no mundo para sermos felizes, para fazer o mundo melhor e contribuir para a felicidade de outros. E não é o que fazemos.
Quem colocou em nossa cabeça que é preciso sofrer para alcançar o divino? Quem criou esta cilada de penitência para salvação, acabando por proibir que mais pessoas sorriam?
Tenho passado meus finais de semana na cama. E o motivo é não ter para onde ir e não ter com quem encontrar para conversar. Não tenho pessoas iguais à disposição para poder desfrutar de meu momento de liberdade.
E na falta de alguém que me entenda, ou de um lugar que me abrigue, refugio-me na cama, que lá os sonhos se encarregam de divertir ou tapear meus pensamentos.
Há um texto que diz: "É penoso viver com desiguais."
Então, que possamos ter bons domingos.
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