quarta-feira, 5 de maio de 2021

Algumas verdades de que precisamos nos lembrar


A ansiedade arrebenta com a gente. Primeira coisa é o celular que não sai da mão, olhando "onlines" e "offlines" e imaginando inúmeros porquês. As ausências ou inatividades de certo perfil. Primeira coisa é jogar o celular a pelo menos dez metros de distância, silenciá-lo. Nada de pegar e brincar de "pick your poison" entre face, whats, insta, twitter, messenger.

Resolvi hoje escrever em meu blog. Tenho dedicado muito tempo escrevendo em um diário digital (monkkee.com, muito bom por sinal) e ele, prometendo ser muito seguro, tem recebido todas as minhas confidências que até o Google mataria para saber. Entretanto, ao mesmo tempo em que escrevo quilômetros infinitos de textos, meu livro está parado e meu blog está realmente uma "web", ajuntando teias.

Tenho lido e estudado muito e constatei algumas migalhas de pensamentos que, ao contrário de migalhas de afeto, podem trazer-nos algo de útil na vida. Vou jogá-las a seguir, soltas e sem critério. Leia despretensiosamente.

1. As pessoas não estão preocupadas com você.
Talvez sua mãe. No mais, todo mundo tem vida e pensamentos particulares com os quais se preocupar. Amigos querem você bem, mas não melhores do que eles. Parentes estão dispostos a ajudar, desde que seus problemas não tragam turbulência à vida deles. Isto posto, pergunte-se: por que se preocupar com o que os outros vão falar ou pensar de suas decisões e atitudes?

2. Sempre vão falar (mal).
Se você namora, ou se não namora, irão falar. Se for com uma mulher, com um homem, com alguém mais jovem, alguém mais velho, alguém da mesma idade... vão comentar. Se mudar de emprego, arrumar um emprego, deixar o emprego... advinha... falarão. E qualquer coisa que faça ou não, sempre irão falar. E sempre haverá um "mas", um "senão", um "porém" para fazer um comentário negativo, ou ácido, ou desdenhoso, ou maledicente. E à noite, enquanto você não consegue dormir por ter tomado uma decisão errada porque estávamos preocupados com a opinião alheia, estas pessoas estarão dormindo tranquilas.

3. Não faça joguinhos.
Quer no relacionamento afetivo, familiar, profissional, fraterno... ao lidar com um ser humano, seja apenas um ser humano (parece Jung falando, parafraseei). Agir utilizando gatilhos psicológicos ou técnicas de controle comportamental pode ser perigoso para ambos os lados da interação. Manipulação é pior, é covardia. O famoso "golpe" só é legal em um ringue, quando os dois envolvidos estão preparados para dar e receber golpes. Do contrário, não tem graça e é um traço de sociopatia.

4. Tudo passa.
Já escrevi um texto todo sobre isto. Mas sempre é bom recordar que as coisas ruins passarão - por isso não devemos desanimar ou desistir. Da mesmíssima forma, as coisas boas também passam - então não se iluda com nada e ninguém. Pessoas saem de sua vida (inclusive quando você não está preparado para isso, porque sequer chegaram a entrar, apesar de você desejar muito). Riqueza se gasta, emprego se muda. O clima é um sempiterno "tempestade/bonança/tempestade".

5. Homem também chora.
Quem cozinha sabe que a panela não pode ficar totalmente tampada quando levanta a fervura. Se não tem válvula para escapar a pressão do vapor, ou o conteúdo derrama, ou a panela explode. Demonstrar sentimentos não é fraqueza, é grandiosidade. Deixar-se dominar por eles, aí sim, é fraqueza. Ter controle emocional difere de demonstrar sentimentos.

6. A pessoa mais importante é você mesmo.
Cuide-se. Não implore afeto, afeição, oportunidades, cuidados ou soluções inerentes a sua vida. Tome a maioria de suas decisões pautado no seu bem maior. Não se sabote para fazer a vontade de outro.

7. Não machuque ninguém.
Se dói em Chico, dói em Francisco.

Não vou me estender muito. Hoje eu só queria mesmo era escrever para distrair, porque o pensamento está há 135 quilômetros de distância. Talvez eu seja mais coerente na próxima.

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