segunda-feira, 24 de maio de 2021

Joguinhos emocionais

 Não são poucas as postagens que se vê por aí em redes sociais ensinando a arte da conquista, como se tornar um macho alfa ou uma mulher poderosa. O que ensinam são, de qualquer forma, jogos emocionais que desarmam gatilhos e despertam o interesse da outra pessoa. Em sua grande maioria, são brincadeiras com as emoções alheias.

Deixar de responder uma mensagem. Sumir propositalmente. Responder secamente. Não  demonstrar interesse. Fazer mistério. Ter outras pessoas... tudo brincadeiras de salão que têm seu quê de magia, mas são, inquestionavelmente, truques.

"Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo",  escreveu Drummond. É o quanto basta.

E vamos aos fatos: quando a pessoa quer, ela faz acontecer. E, para acontecer, tem que haver vontade de ambas as partes.

Ausente-se, sim, mas porque você tem algo importante para fazer. Trabalhar, divertir-se, praticar esportes, viver sua própria vida e não ficar vigiando uma tela de smartphone à espera de uma reação, ou postagem, ou curtida.

A onda do "golpe tá aí, cai quem quer" é o maior exemplo da futilidade a que as pessoas se sujeitam. Golpe é lindo, quando em uma arena, ringue, octógono, onde ambos os participantes estão preparados para dar e receber seus golpes. Quando apenas um está intencionado a aplicar golpe (e refiro-me agora ao campo das emoções), a outra parte pode sair extremamente ferida.

Mas o melhor conselho que já li a respeito do relacionamento e da arte da conquista, sem dúvida é: torne-se uma pessoa atraente por criar valor a si próprio, ou seja, dedicando-se a sua carreira, cuidando de seu corpo, tendo hobbies, estudando, crescendo profissional, emocional e humanamente. Isto atrai pessoas boas para junto de si.

No mais, fica uma frase que tenho usado muito: "ausência revela uma pessoa interessante a princípio e, logo em seguida, comprova que ela é desnecessária".



Um comentário: