quarta-feira, 19 de junho de 2019

As escolhas de que a vida é feita

O texto de hoje será um tanto quanto aleatório. Estou com dor na alma, portanto, terei que me esforçar para escrever sobre o que machuca. Mas quem me lê merece e eu preciso jogar um bálsamo por cima da ferida.
Recentemente fiz uma opção. Uma opção que me deixou feliz e esperançoso. Uma opção que iria culminar em uma mudança total e drástica em toda a minha vida.
Mas o grande problema das escolhas, é que elas dependem em parte de nós, em parte de outros. A própria vida precisa escolher conosco, também precisa nos escolher. Brigar com a vida é difícil, nossa se é!
E quando escolho e me entrego, faço com o coração, por completo, por inteiro. Como se me despejasse em cima igual álcool, evaporo, dedico, penso, faço o bem, cuido, protejo, adoto.
Mas não opte se você também não for opção. E, de repente, me vejo aqui: ouvindo Legião Urbana (álbum O Descobrimento do Brasil), escrevendo e amargando um coração com um rombo do tamanho de uma supernova.
E me pego pensando nas minhas ações dos últimos dias... meu retorno a ser poeta, a ser romântico. E dedicando minha Poesia a quem não é de Poesia, com quem não entende a amplitude e o valor de ser a pessoa escolhida pelo poeta.
Não são os mimos, as surpresas e festas. São os pensamentos, as emoções, as artes, a dedicação, a preocupação, o carinho (puxa, o carinho, meu Deus!) envolvidos em tudo. Tudo com uma quantidade inimaginável.
Uma torre de taças de cristal tão bonita, bela, rara que, inadvertidamente, alguém escolhe chutar a base. Ou mais precisamente sequer notou que estava ali, o que torna ainda mais dolorosa a experiência.
Mas enfim, também há Poesia na queda. Por isso escrevo aqui.
Foram enviados sinais, tanto em detalhes quanto ações muito bem declaradas. A reciprocidade (maldita reciprocidade!) foi pífia. E não há como exigir nada, a opção foi do poeta, ninguém pediu para ele fazer tudo o que fez. Como exigir que veja as fotos dos stories do poeta, como pedir que leia seu blog, como pedir que curta algo que ele postou? Isso deveria ser uma reação natural de quem se sentiu feliz com tudo o que fora demonstrado. Deveria ficar na mente, deveria marcar-se no pensamento. Lembrar do poeta não deveria ser obrigação, deveria ser um ato comum de um coração grato.
Aí, aleatoriamente mas muito bem empregadas, cito algumas frases das músicas do Renato Russo do álbum que estou escutando:
- "Será que você vai saber o quanto penso em você com o meu coração?"
- "O sistema é mau, mas minha turma é legal. Viver é foda, morrer é difícil. Te ver é uma necessidade".
- "E hoje em dia, como é que se diz eu te amo?"
- "Eu sou rapaz direito, fui escolhido pela menina mais bonita".
- "E cedo demais, eu aprendi a ter tudo o que sempre quis, só não aprendi a perder. E eu, que tive um começo feliz."

E se nada disso der certo, ainda posso escolher estas opções que Renato cantou:
- "Do lado do cipreste branco, à esquerda da entrada do inferno, está a fonte do esquecimento".

Ou
- "É tão estranho, os bons morrem antes".
- "Do resto, não sei dizer..."

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