quarta-feira, 24 de maio de 2017

Então por que deu?

Hoje não estou com muita paciência para digerir certas atitudes e consequências humanas.
Refiro-me a pessoas, especialmente mulheres, que gritam a todo peito que o pai de seus filhos não presta, pois não paga pensão e gasta todo o dinheiro com cigarros e bebidas.
E me pergunto indignado: por que deu atenção para ele um dia? Por que deu seu coração a uma pessoa que fumava e bebia? Por que deu as costas aos conselhos dos pais que diziam que aquele cara de bermuda e bonezinho que não trabalhava e ficava o dia todo à toa não era uma boa pessoa para você?
Pior ainda: por que deu um filho a essa pessoa? Por que deu seu corpo a ele?
Sei que há um tipo de pessoa conhecida como "interesseira". Inescrupulosa, a interesseira suga o que há de valioso e interessante nas pessoas enquanto esta lhe serve aos propósitos. Lembro da frase de Leandro karnal: "Quem respeita o governador e não respeita a faxineira não é um líder e sim um interesseiro."
Pessoas dessa estirpe maquiavélica engolem sapos para atingir seus objetivos. Mesmo que seja estarem presas a alguém inculto e incapaz de demonstrar sentimentos, desde que atenda seus planos. Pessoas interesseiras, mesmo dizendo-se carentes, trocam o sentimento por benefícios pecuniários. Essas não são o caso do texto de hoje.
Eu me refiro a pessoas que, na ânsia de provar sua liberdade, de dizer que querem elas próprias escolher o melhor para suas vidas, escolhem a ralé.
Cometem o sacrilégio de chamar de amor um envolvimento com uma pessoa visivelmente incapaz de manter um relacionamento. Uma pessoa que não tem nada a oferecer. E chegam ao ápice da insanidade ao colocar no mundo uma vida inocente fruto de uma relação duvidosa e sem futuro.
Então o cara some. E começa a cobrança por pensão, as ofensas, as brigas. Como se tivessem direito de exigir garantia de um CD pirata...
Por que deu essa chance para o vagabundo?
Por que deu oportunidade ao ordinário?
Agora não há como se arrepender. Devia ter ponderado mais sabiamente antes de se envolver. Mas a pergunta sempre será a mesma: por que deu?


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