quinta-feira, 15 de junho de 2017

Seu amor é de peixe?

Um menino estava pescando com seu pai e, em dado momento, exclamou: "hum! eu amo peixe!"
O pai lhe disse: "Não, você não ama. Se amasse, você não o tiraria da água, cozinharia e comeria. Antes de tudo, você ama a si mesmo. O peixe simplesmente atende suas necessidades".
Esta foi uma adaptação que fiz da história contada pelo dr. Abraham Twerski, que ponderou sobre o fato de que a palavra "amor" perdeu muito de seu sentido.
Quando li este pensamento, coloquei-me a pensar sobre ele por vários dias e enquanto eu não escrevesse algo sobre isso não teria sossego.
Atualmente, usa-se a palavra "amor" com uma frequência incrível e de forma totalmente indiscriminada. Amar, ser amado, amarem-se... a doçura destas palavras são realmente como doce na boca de uma criança. E seu uso totalmente sem propósito e descabido também serpenteia por entre as pessoas.
Um jovem disse para a moça: "eu te amo". Mas ele na verdade acredita que ela pode suprir-lhe suas necessidades emocionais e físicas. E vice-versa. A pessoa se torna um veículo para sua satisfação. Muito do que dizem ser amor verdadeiro é "amor a peixe".
O amor verdadeiro é externo, refere-se ao que eu posso dar e não ao que posso receber.
Quando nos damos a uma pessoa, quando nos "doamos" a uma pessoa passamos a amá-la. Porque o amor próprio é natural do ser humano e quando parte de mim está na outra pessoa, eu passo a amá-la também.
Portanto, o verdadeira amor é um amor que dá, não um amor que recebe.
Tudo o mais que dizem ser amor é apenas um amor a peixe. E acaba facilmente.


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