terça-feira, 1 de novembro de 2016

Não somos uma linha reta

Trezentos e cinquenta e seis. Este é o número de sentimentos humanos catalogados pela Ciência. Somos realmente um grande armazém de sensações, uma caixa de pandora repleta de emoções que surgem e somem, uma a uma, a cada instante.
Impossível imaginar que sigamos um dia inteiro em linha reta, com um sentimento apenas, sem nenhuma alteração de atitudes e de humor.
Depois que comecei a desenvolver meus sonhos, percebi que me tornei uma pessoa mais agradável, mais feliz e menos depressiva.
Mas tem dias, como ontem, em que eu estava enraivecido. Não sem motivo, mas os motivos não valiam a pena e nem justificariam minhas atitudes.
Fui grosseiro, ranzinza, chato.
E estou escrevendo isto não para fazer um mea culpa. Eu quero aproveitar a situação para dizer a todos que não devemos nos culpar por nossos sentimentos.
Talvez nos arrependamos de ações impensadas, mas de sentimentos não podemos nos culpar, porque eles estão todos dentro de nós e em algum momento pedem para sair.
Sua personalidade é exatamente isto: uma pessoa cheia de sentimentos e estes extravasam vez por outra. Quem o ama, vai entender a situação.
Seja sempre você, coloque seus sentimentos para funcionar. Não se arrependa de ser humano e expor o que sente.
Somente assim você se sentirá completo. E quem é completo, é feliz.
É uma situação complexa, como explanou Fernando Pessoa: "A maioria pensa com a sensibilidade, e eu sinto com o pensamento. Para o homem vulgar, sentir é viver e pensar é saber viver. Para mim, pensar é viver e sentir não é mais que o alimento de pensar".


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