segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Momento de tristeza

Desculpe-me o leitor. Não estou bem. E quando não estou bem, quero escrever.
Estou triste e quero aproveitar para analisar minha tristeza.
A gente faz planos. Os planos não se concretizam.
A gente fica preocupado. A gente fica ansioso. A gente quer bem e não sabe fazer bem.
Aí tento ser profissional...e falho diversas vezes.
Falho no serviço, tentando me concentrar e desviando a atenção uma, duas, três, dezessete, quarenta e duas, cento e dezessete vezes.
Falho com o leitor, que quero deixar sempre alto astral e acabo me encontrando aqui, escrevendo um texto para lá de depressivo.
Decepciono as pessoas.
Decepciono a mim mesmo.
Sou um poço de decepções.
Entristeço as pessoas.
Não sei onde estou e quem me rodeia. Só sei que não sou daqui e ninguém ao meu redor é meu comum.
O pior: estou começando a criar uma estranha coragem. Uma preocupante coragem que não quero ter.
O medo me mantém vivo. Não gostaria de ter nem um pouco dessa coragem.
Os amigos vão se preocupar, vão querer ajudar.
E saber que causo preocupação não me faz bem.
Mas para amenizar esse texto, pois o leitor não merece tanto drama, vamos dar um toque com o condão da Poesia: não estou triste, estou melancólico.
E evoco Quintana para concluir: "Melancolia: Maneira romântica de ficar triste."

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