quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Viva intensamente o momento

Ou tudo ou nada... é oito ou oitenta... essas expressões apresentam os extremos. Ou se tem a totalidade do que se deseja ou abre-se mão daquilo.
Hoje estou escrevendo sob inspiração da frase do escritor norte-americano, Richard Bach, que escreveu: "A melhor maneira de agradecer por um belo momento é desfrutá-lo plenamente."
Aí sim vejo que dizer "ou tudo ou nada" faz sentido.
Tive recentemente um belíssimo momento e arrependo-me de não tê-lo vivido plenamente. Agora não posso fazer nada para retomá-lo ou revivê-lo, as lembranças dele são um pouco truncadas. Gostaria de repeti-lo e não posso.
Então na vida procuremos viver com intensidade, observar os detalhes, importar-se com os bons acontecimentos como se estes não fossem se repetir.
Fazendo assim, o momento cria marcas, fica indelevelmente gravado no peito e na memória. Os cheiros, os gestos, os acontecimentos, os toques, as sensações... tudo fica registrado como se esperando para ser revivido.
Porque tudo o que pode sobrar depois de um momento feliz é a lembrança e a saudade. A vontade de repetir algo que não acontecerá.
Por isso, viva intensamente seus bons momentos, não os menospreze, não os deixe para segundo plano, desfrute-os delicadamente, como se tomasse a última taça de um raro vinho. Não se toma de uma tragada... sorve-se lentamente sentindo o toque, o buquê, o sabor.
E então o momento se acaba. E ele não volta mais.
Só que Bach nos presenteia com uma outra frase que me fez realmente ter esperanças de reviver um momento melhor do que aquele que já vivi: "O que a lagarta chama de fim do mundo, o homem chama de borboleta."


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