quinta-feira, 1 de setembro de 2016

A depressão invisível

Não é somente o amor que pode ser considerado uma "dor que desatina sem doer".
A depressão desatina, desalinha, desmotiva, desmorona uma pessoa. Mas o estereótipo cultural de um deprimido jogado na cama, chorando, sem vontade de nada acaba contribuindo por esconder esse terrível mal.
Como forma de autoproteção, muitos conseguem passar uma demão de verniz em seus rostos, embutir um sorriso que não é deles e parecer bem emocionalmente.
Mas o dramaturgo grego Ésquilo certa vez escreveu:
"Os sofrimentos humanos têm facetas múltiplas: nunca se encontra outra dor do mesmo tom".
O fato de alguém conseguir esconder suas dores não significa que ela sofra menos. Talvez, por não externar, ela sofra ainda mais que os outros.
Claro que chorar e reclamar para todo o mundo não resolve o problema, mas sempre há a pessoa certa para ajudar aquele que está deprimido, e um deles é o profissional psiquiatra ou psicólogo.
Depressão não é barra de ouro para guardar somente para si. Divida-a com quem pode ajudar.
Há uma frase de Vitório Lisneu, escritor contemporâneo, que deixo como resumo da ideia:
"Nem todo mundo precisa saber de suas dores
Nem todo mundo precisa saber de seus sofrimentos 
Nem todo mundo precisa saber o que passa... 
Mas sempre tem alguém que não é todo mundo".



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