quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Bipolaridade: tudo junto e misturado

Raul Seixas cantou: "eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo".
O texto pode lembrar um assunto que confunde muitas pessoas: a bipolaridade.
Só para iniciar meu raciocínio, vou trazer à baila também a frase da escritora contemporânea Geanne Slater: "Transtorno bipolar é uma doença. O que você tem é frescura".
Sim, muitos acham que o simples fato de mudar de opinião de uma ora para outra é bipolaridade. O que de fato não é.
O transtorno bipolar é uma doença triste e quem convive com alguém assim (como eu convivi) sabe o quanto é desgastante e extenuante para todos essa convivência.
O bipolar vive momentos de mania quando fala demais, ri de qualquer coisa, está extremamente motivada que chega ao ponto de irritar, interpreta acontecimentos de forma errada,  é exigente, irritadiça.
De repente, uma frase faz a pessoa despencar. Ela chora à toa, não está feliz consigo mesma, todos os seus apontamentos são negativos. Fala de se matar, inventa histórias que não aconteceram (mas que para ela foi real).
Estas pessoas, apesar de muitos se negarem, precisam de ajuda profissional. Não tem como um amigo ajudar a curá-las. Precisa ser um psicólogo e um psiquiatra.
É como se dentro da pessoa brigassem o "sim", o "não" e o "talvez". Três pontos, como uma reticências.
Como disse Clarisse Lispector:
"Eu sou uma completa incógnita.
Tal dia quero, tal dia não quero."


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