quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Desequilíbrio: a contramão de nossa criação

Não tenho dúvida de que a vida exige equilíbrio. A mediação entre razão e emoção é fundamental para conseguirmos alcançar nossas realizações.
Na própria natureza de nossa criação encontramos o equilíbrio entre razão e emoção. Senão, vejamos:
Observemos o ser humano de um aspecto racional - uma máquina orgânica que precisa ser alimentada e, assim, mantém-se funcional.
Desse ponto de vista, bastaria então que fosse criada uma pasta insossa combinada de proteínas, carboidratos e sais minerais para que nos alimentássemos e pronto.
Mas nossa criação tem um aspecto emocional: podemos comer uma variedade infinita de alimentos, com os mais diversos sabores e texturas. E isso nos dá prazer, além de nos alimentar.
Da mesma forma, racionalmente olhando para nossa visão, bastaria que enxergássemos em preto e branco. Isso talvez até nos ajudaria a enxergar melhor, sem sermos enganados por mimetismos e camuflagens. Mas no aspecto emocional, enxergamos milhões de cores e tonalidades. Podemos ver arco-íris, pássaros, flores, escolher uma gravata que combine com a camisa.
A vida equilibra o racional e o emocional: nos sons, nas cores, nos sabores, nos sentimentos, nos pensamentos. E este equilíbrio culmina em sermos felizes.
Porque sem dúvida alguma uma vida em preto e branco, comendo apenas uma papa insossa não iria nos arrancar sorrisos.
Assim sendo, se nossa própria criação apresenta o equilíbrio entre razão e emoção, por que insistimos em manter nossa vida em desequilíbrio, numa tentativa fútil de sermos felizes?
Concordo com Quintana quando disse:
"Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!"


Nenhum comentário:

Postar um comentário