Por diversos motivos, o adolescente tem em seu íntimo a tempestade das mudanças, os problemas de relacionamento, a busca por seu lugar, o conflito consigo mesmo para tentar entender quem ele é, do que gosta e que rumo deseja tomar (lembrando que parado também é um rumo), a solidão.
E isso dói. Senhores pais e adultos, se não doía no seu tempo, paciência... hoje dói e muito.
Essa dor interna é tão forte no peito (claro, na mente, mas parece ser no peito) do adolescente, que na busca ensandecida de encontrar alívio... ele se corta.
Longe de tentar se matar, a automutilação é uma tentativa desesperada de encontrar alento. E realmente a dor física parece amainar a dor emocional.
Isso não é moda, tampouco loucura. É realidade e um problema que preocupa educadores e profissionais.
Uma dica aos mais antigos: entender o adolescente é o primeiro passo para tê-lo ao seu lado e cuidar dele.
Uma dica aos adolescentes: há uma outra forma de aliviar essa dor em seu peito, sem necessariamente causar-lhe dano.
Do poeta Renato Russo, em sua canção Clarisse:
"Ninguém me entende, não me olhe assim com esse semblante de bom samaritano cumprindo seu dever. Como se eu fosse doente, como se toda essa dor fosse indiferente ou inexistente".
Muito bom...
ResponderExcluirQue bom que gostou! Obrigado!
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